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quinta-feira, 15 de julho de 2010


''E o meu amado o que diria
se eu partisse?
O que diria se estes versos
não ouvisse?
O que teria em suas mãos
senão um corpo dessangrado
cheio de carne, de suspiros,
de delírio apaixonado?
Faltaria porém, o recheio das idéias,
a loucura e a razão,
que transformaram um encontro sem graça,
em tremenda paixão!
Mas não tema meu querido,
que esse amor desapareça,
pois ele é amado ao mesmo tempo,
por um corpo e uma cabeça.
O corpo ele pode beijar, cheirar,
fazer do corpo mulher.
Mas a cabeça o possui, manipula,
e faz dele o que quiser!
Haja o que houver, do meu amor
esse garoto foi rei.
Digam a ele que com corpo e cabeça
eu sempre o amarei.
A marca desta lágrima testemunha
que o amei perdidamente.
Em suas mãos depositei a minha vida
e me entreguei completamente.
Assim com minhas lágrimas
cada verso que lhe dei,
como se fosse confetes,
de um carnaval que não brinquei.
Mas a cabeça apaixonada delirou,
foi farsante, vigarista, mascarada,
foi amante entregando-lhe outra amada,
foi covarde que amando nunca amou.''

_ Isabel (A marca de um lágrima)

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